SINOPSE
 

Um casal de latifundiários ao entrar num minúsculo casebre se depara com a representação de suas contradições. Ao meio-dia do fim eles decidem entre o amor ou a propriedade. A peça apresenta em primeiro plano a história do casal Jorge e Antonia que, na virada do século XXI, está prestes a comemorar suas Bodas de Pérola. Por acatar as ordens dos pais, grandes fazendeiros interessados no arranjo fundiário que o casamento proporciona, os personagens desta peça vivem histórias de amores impossíveis. Jorge e Helena são primos únicos e se amam, mas aceitaram as ordens de se casarem com Antonia e Chico, respectivamente, pois, afinal, casamento entre primos não aumenta o latifúndio. A história começa no dia do velório de Chico, que morreu em circunstâncias estranhas. Após o enterro do amigo, no caminho de volta para suas terras, Antonia decide passar com Jorge no local onde aconteceu a morte. Todo esse mistério, aliado ao fantasma do amor dos primos e à possibilidade da perda de terras são combustíveis para as inesperadas atitudes de Antonia. O espetáculo se passa num casebre nas terras de Jorge e Antonia, um dos 55 mil latifúndios improdutivos do Brasil. A luz do meio-dia que invade o espaço apresenta a contradição entre o casebre e o latifúndio e coloca os personagens diante das suas próprias contradições. Nesta situação limite, ambos têm de fazer a escolha entre o amor ou a propriedade.

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