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LABIRINTO REENCARNADO
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Labirinto Reencarnado conta a história de Ícaro, um jovem membro da aeronáutica brasileira, filho de um cristão novo (convertido judeu para cristão) e de uma católica. Seu pai é o engenheiro eugenista Dédalo, que constrói presídios, manicômios e hospitais. Dédalo é português, e veio ao Brasil com os pais durante a Primeira Guerra. Eles morrem prematuramente e essa perda faz com que édalo seja criado por seus parentes cristãos que o converteram para fugir de perseguições anti-semitas na Europa.
Em 1944, Dédalo tem um surto-psicótico. Atravessa grande conflito religioso, pois a Segunda Guerra (resultado da eugenia hitlerista) extermina seu antigo povo judeu na Europa .Ícaro é integrante da juventude hitlerista e vai para guerra lutar pelo nazismo. Em julho daquele ano, a enfermeira Ananda, sua amiga de infância, viaja junto à expedição da FEB - Força Expedicionária Brasileira para Itália. Ícaro embarca escondido como aviador e se integra a tropa alemã.
Nesse contexto, a enfermagem brasileira é tratada com forte simbologia social. A época ficou conhecida como o Marco da Emancipação Profissional da Mulher Moderna com o advento das enfermeiras no front de guerra. Dessa forma, motivadas pelo desejo de servir ao próximo e ao Estado pelo espírito cívico- independente do ônus social que essas guerras possam ter trazido aos povos em litígio-conseguiram o reconhecimento social para o exercício dessas atividades fora do domicílio, não ameaçavam a ordem social estabelecida e cumpriam um papel de reprodução da ideologia dominante.
SOBRE A PEÇA
Pessoal do Faroeste reestréia Labirinto Reencarnado na Sala Paulo Emílio do Centro Cultural São Paulo
A trupe que comemora 10 anos, reestréia a montagem após a temporada de três meses na Sede Luz do Faroeste
Escrita e dirigida por Paulo Faria, a peça Labirinto Reencarnado narra as influências da Segunda Guerra Mundial na cidade de São Paulo por meio de assuntos instigantes, como o início das edificações, a decadência da eugenia (ideologia de 'pureza racial' comum ao Brasil nas décadas de 30 e 40), a política de exclusão e o aperfeiçoamento da Saúde Pública com o advento da enfermagem traços importantes no processo de ocupação urbana durante a Modernidade. Reencarnado é o desfecho da Trilogia Degenerada: A História de São Paulo através de um Casarão em Campos Elíseos, que teve início com os espetáculos Re-bentos, em 2002, e Os Crimes de Preto Amaral, em 2006.
O espetáculo entra em cartaz na terça-feira, 30, na Sala Paulo Emílio do Centro Cultural São Paulo- CCSP, às 21 horas (sempre as terças, quartas e quintas-feiras). A maratona começa após o retorno do grupo que foi convidado para abrir o festival baiano X FESTEATRO, em Ilhéus.
A primeira fase do projeto Labirinto Reencarnado envolveu a didática de montagem e temporada popular na Sede Luz do Faroeste de junho a setembro deste ano. "Migrar para a Sala Paulo Emílio significa para o grupo a manutenção do clima intimista similar de nossa Sede em Campos Elíseos, além de que, o CCSP foi nos abrigou na estréia dos palcos há 10 anos", ressalta o diretor Paulo Faria que idealizou a cenografia ao lado da iluminadora, Lucia Chedieck.
O Centro Cultural sediou a temporada de Um Certo Faroeste Caboclo, não apenas inspirou nome ao grupo como projetou muitos atores na época entre eles: Lúcia Romano, Luís Miranda, Marcelo Médici, Daniel Alvim, Beto Magnani, André Frateschi, Talita Castro, Luciano Gatti, Maurício Pereira, entre outros. A partir desse momento a Companhia centrou-se na concepção de um teatro de pesquisa, fincada, principalmente no contexto social e político do povo brasileiro, através do imaginário popular e da cultura.
Dessa forma que em 2000 a pesquisa e o interesse por temas relacionados à eugenia como mentalidade administrativa da cidade de São Paulo, tomou maiores proporções e o Pessoal do Faroeste mergulhou a fundo na pesquisa sobre três momentos da Capital Paulista São Paulo contemporânea em RE-Bentos, Os Crimes de Preto Amaral (SP-1927) e por fim, a São Paulo de 1940 em Labirinto Reencarnado.
FICHA TÉCNICA
Direção Geral e Dramaturgia: Paulo Faria
Assistente de Direção:
Iratã Rocha, Sabrina Flechtman
Elenco: Eduardo Gomes, Graciana Magnani, Isadora Ferrite, Neusa Velasco
Trilha: Tunica
Iluminação: Lucia Chedieck
Cenografia: Paulo Faria e Lucia Chedieck
Figurino: Álvaro Franco
Preparação Vocal: Tato Ficher
Preparação Corporal: Diogo Granato
Preparação Percussiva: Jorge Peña
Voz do Rádio: Umberto Magnani
Produção Executiva de Montagem: Juliana Pinto, Natascha Penna, Vanessa Hassegawa
Fotografia: Lenise Pinheiro
Divulgação: Vanessa Hassegawa
Realização
Cia Pessoal do Faroeste da Cooperativa Paulista de Teatro
Patrocínio
Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo

TEASER LABIRINTO REENCARNADO
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